30º Domingo do Tempo Comum, Ano C

Leituras - Domingo, 26 de Outubro de 2025

30º Domingo do Tempo Comum, Ano C
30º Domingo do Tempo Comum, Ano C (Foto: Reprodução)

Domingo, 26 de Outubro de 2025


30º Domingo do Tempo Comum, Ano C

(verde, glória, creio – 2ª semana do saltério)


Exulte o coração que busca a Deus! Procurai o Senhor Deus e seu poder, buscai constantemente a sua face (SI 104,3s).

Alegres nos reunimos para dar graças a Deus: não por nossos méritos, mas por sua bondade e misericórdia. Ele nos acolhe em nossas aflições e ouve a oração de quem reza com o coração sincero e humilde. Animados pela caminhada feita neste Ano Jubilar da encarnação, proponhamo-nos ser missionários da fé e da esperança entre os povos.



Primeira Leitura:

Eclesiástico 35,15-17.20-22

A oração dos pobres e humildes penetra os céus e chega aos ouvidos de Deus. Ela dá forças aos que anunciam sua mensagem. Ouçamos com atenção.


Leitura do livro do Eclesiástico

O Senhor é um juiz que não faz discriminação de pessoas.

Ele não é parcial em prejuízo do pobre, mas escuta, sim, as súplicas dos oprimidos;

jamais despreza a súplica do órfão, nem da viúva, quando desabafa suas mágoas.

Quem serve a Deus como ele o quer será bem acolhido, e suas súplicas subirão até as nuvens.

A prece do humilde atravessa as nuvens: enquanto não chegar, não terá repouso; e não descansará até que o Altíssimo intervenha,

faça justiça aos justos e execute o julgamento.

– Palavra do Senhor.



Salmo Responsorial: 33(34)


O pobre clama a Deus e ele escuta:

o Senhor liberta a vida dos seus servos.


1. Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo,

seu louvor estará sempre em minha boca.

 Minha alma se gloria no Senhor;

 que ouçam os humildes e se alegrem. – R.


2. Mas ele volta a sua face contra os maus,

 para da terra apagar sua lembrança.

 Clamam os justos, e o Senhor bondoso escuta

e de todas as angústias os liberta. – R.


3. Do coração atribulado ele está perto

e conforta os de espírito abatido.

Mas o Senhor liberta a vida dos seus servos,

e castigado não será quem nele espera. – R.



Segunda Leitura:

2 Timóteo 4,6-8.16-18


Leitura da segunda carta de São Paulo a Timóteo

 – Caríssimo, quanto a mim, eu já estou para ser oferecido em sacrifício;

aproxima-se o momento de minha partida.

Combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé.

Agora está reservada para mim a coroa da justiça, que o Senhor,

justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim,

mas também a todos os que esperam com amor a sua manifestação gloriosa.

Na minha primeira defesa, ninguém me assistiu;

todos me abandonaram.

Oxalá que não lhes seja levado em conta.

Mas o Senhor esteve a meu lado e me deu forças,

ele fez com que a mensagem fosse anunciada

por mim integralmente e ouvida por todas as nações;

e eu fui libertado da boca do leão.

O Senhor me libertará de todo mal e me salvará para o seu Reino celeste.

A ele a glória pelos séculos dos séculos!

Amém.

– Palavra do Senhor.


Evangelho:

Lucas 18,9-14


Aleluia, aleluia, aleluia.


O Senhor reconciliou o mundo em Cristo,

 confiando-nos sua Palavra;

 a Palavra da reconciliação,

 a Palavra que hoje, aqui, nos salva (2Cor 5,19). – R.



Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 18,9-14

– Naquele tempo,

Jesus contou esta parábola para alguns que

confiavam na sua própria justiça e desprezavam os outros:

“Dois homens subiram ao templo para rezar:

um era fariseu, o outro cobrador de impostos.

O fariseu, de pé, rezava assim em seu íntimo:

 ‘Ó Deus, eu te agradeço porque não sou como os outros homens,

ladrões, desonestos, adúlteros, nem como este cobrador de impostos.

Eu jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de toda a minha renda’.

O cobrador de impostos, porém, ficou a distância e nem se atrevia a

levantar os olhos para o céu; mas batia no peito, dizendo:

‘Meu Deus, tem piedade de mim, que sou pecador!’

Eu vos digo, este último voltou para casa justificado, o outro não.

Pois quem se eleva será humilhado e quem se humilha será elevado”.

– Palavra da salvação.


Reflexão:

A parábola apresenta dois modos de dialogar com Deus: o fariseu e o publicano. O primeiro é presunçoso: elenca suas qualidades e despreza os outros; o segundo é humilde: reconhece suas fraquezas e misérias. O fariseu era homem correto e honesto, cumpridor dos seus deveres religiosos, pensando ter méritos diante de Deus. O problema dele era sua arrogância, o julgamento negativo e o desprezo dos outros. O publicano é um pecador público, cobrador de impostos, que reconhece sua pequenez, mas também a grandeza e a misericórdia de Deus. Ninguém pode considerar-se justo a ponto de ter méritos diante de Deus e desprezar os outros. Diante de Deus, necessitamos estar desarmados de toda presunção e preconceito: presunção de nos considerarmos perfeitos e melhores que os outros; preconceito contra os outros, rotulando-os. Lembrar nossa pequenez e nossas limitações muda nossa relação com Deus, tornando-nos mais abertos à ação dele e criando espaços de fraternidade e partilha com os outros.